SJ acompanha “preocupação” sobre liberdade de imprensa em Macau

O Sindicato dos Jornalistas acompanha a “enorme preocupação” manifestada pela Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) perante o conteúdo de notícias que foram publicadas na imprensa local relativas a novas orientações editoriais a serem implementadas na Teledifusão de Macau (TDM) e transmitidas aos jornalistas numa reunião que teve lugar a 10 de março.
Entre essas orientações estarão a proibição de “divulgar informação ou opiniões contrárias às políticas do governo central” da República Popular da China e o apoio às medidas adotadas pela Região Administrativa Especial de Macau.
“O ponto em questão é particularmente preocupante na medida em que colide com o pluralismo informativo e a busca do contraditório – princípios basilares da atividade profissional dos jornalistas”, denuncia a AIPIM, em comunicado publicado na sua página oficial no Facebook.
“Acresce que gera um clima de incerteza e receio, o qual tem um impacto muito negativo no trabalho do jornalista”, assinala a associação, que tem estatuto de observador na Federação Internacional de Jornalistas, que o SJ integra.
Segundo o apurado pela AIPIM, “o incumprimento das regras” enunciadas “resultaria em despedimento com justa causa”, o que, a confirmar-se, seria “injustificável e inaceitável”.
Acompanhando a posição da AIPIM, o SJ alerta para as implicações dessas orientações no livre exercício do jornalismo em Macau, onde trabalha um número significativo de profissionais portugueses.
A presidente da Direção do SJ já falou ao telefone com o presidente da AIPIM, tendo este assegurado que estão a proceder com diligências internas e que existem canais de diálogo abertos para tentar resolver a situação reportada.
Através da AIPIM, o SJ expressou a sua solidariedade com os profissionais dos serviços em português e inglês da TDM.

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