SJ recebido por Administração da Cofina

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) foi hoje recebido pela Administração da Cofina Media, a quem pediu esclarecimentos sobre o negócio da compra do Grupo Media Capital.

A Administração da Cofina frisou que o negócio ainda não está feito e garantiu desconhecer que efeitos práticos e que formas este poderá assumir.

A Administração realçou que está focada em gerir a Cofina Media e apenas esta. Por outro lado, escusou-se a fazer comentários sobre os eventuais efeitos na pluralidade, remetendo essa questão para as Direções editoriais dos vários órgãos de informação do grupo.

A Administração considera que a Cofina vive um “cenário de perfeito equilíbrio dentro das vicissitudes do setor”.

O SJ está preocupado com o impacto editorial e laboral do negócio da compra da Media Capital pela Cofina, sobre o qual nem a Autoridade da Concorrência, nem a Entidade Reguladora para a Comunicação Social se pronunciaram ainda.

O SJ considera que a excessiva concentração dos média tem repercussões ao nível da pluralidade e qualidade da informação e, nesse sentido, que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social tem de se pronunciar rapidamente sobre o negócio em curso.

O SJ assinala que, por norma, e lamentavelmente, este tipo de fusões tem-se traduzido em cortes de pessoal e emagrecimento de redações, pelo que considera fulcral obter esclarecimentos por parte das Administrações dos dois grupos envolvidos no negócio, no sentido de antecipar o impacto laboral de uma eventual fusão e de proteger os direitos dos jornalistas.

Porém, até ao momento, a Administração da Media Capital respondeu ao SJ que não está disponível para prestar esses esclarecimentos.

A Cofina é dona dos órgãos de informação Jornal de Negócios, Correio da Manhã, Record, CMTV, Sábado, entre outros. A Media Capital detém a TVI e a Rádio Comercial.
Recorde-se que a Prisa, que controla a Media Capital, não obteve luz verde da Autoridade da Concorrência para vender a empresa à Altice em 2017.

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