O Sindicato dos Jornalistas (SJ) contesta o despedimento de 81 trabalhadores do Global Media Group (GMG), 17 dos quais jornalistas, na convicção de que os despedimentos e a degradação das condições de trabalho não devem, nem podem, ser a única solução das administrações para resolver as dificuldades económicas.
O SJ manifesta, desde já, a sua solidariedade para com os trabalhadores atingidos por esta decisão e reafirma a sua determinação em defender os postos de trabalho e garantir a proteção dos direitos e interesses dos jornalistas.
O SJ relembra que acompanha a situação das empresas que compõem o universo GMG (JN, DN, O Jogo e TSF e outras publicações) há anos e considera que o despedimento não pode ser a resposta para compensar perdas em vendas de jornais e publicidade ou investimentos falhados, no quadro de uma gestão irresponsável.
O SJ reafirma que as redações das várias publicações periódicas e da TSF já estão demasiado exauridas e que um novo “emagrecimento” forçado vai, necessariamente, implicar uma redução da informação produzida, com reflexos na qualidade dos conteúdos.
O SJ recorda que, durante a fase de informações e negociações que se segue ao anúncio do despedimento coletivo, que tem de ser oficializado por carta pela administração da empresa, os jornalistas e outros trabalhadores abrangidos têm direito a comparecer ao trabalho e a exigir que lhes sejam atribuídas tarefas.
O SJ está ao dispor dos seus associados, aconselhando-os a recorrerem ao apoio jurídico.