SJ insiste em obter esclarecimentos sobre negócio Cofina/Prisa

O Sindicato dos Jornalistas (SJ), que, há um mês, manifestou preocupação com o negócio Cofina/Prisa, tendo questionado as administrações de ambas as empresas, vai voltar a pedir esclarecimentos sobre o impacto editorial e laboral da compra do Grupo Media Capital pelo grupo Cofina.

Quando, há um mês, o SJ pediu reuniões com as administrações da Cofina e do Grupo Media Capital, ambas se escudaram no facto de ainda não haver negócio e, portanto, não haver “razões” para receber o SJ. Como agora já há, o SJ vai voltar a escrever-lhes.
O SJ considera que a excessiva concentração dos média tem repercussões ao nível da pluralidade e qualidade da informação e, nesse sentido, que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social tem de se pronunciar rapidamente sobre o negócio em curso.
A Cofina é dona dos órgãos de informação Jornal de Negócios, Correio da Manhã, Record, CMTV, Sábado, entre outros. A Media Capital detém a TVI e a Rádio Comercial.
Recorde-se que a Prisa, que controla a Media Capital, não obteve luz verde da Autoridade da Concorrência para vender a empresa à Altice em 2017.
O SJ assinala que, por norma, e lamentavelmente, este tipo de fusões tem-se traduzido em cortes de pessoal e emagrecimento de redações, pelo que considera fulcral reunir-se com as administrações dos dois grupos no sentido de antecipar o impacto laboral de uma eventual fusão e de proteger os direitos dos jornalistas.
Essa proteção de direitos é a maior preocupação do SJ, que tem estado em contacto com os seus associados em ambos os grupos, manifestando-lhes que está à sua disposição para o que entenderem ser necessário.

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