Lista A contra ocultação do CCT da Imprensa

Na sequência da denúncia da Lista A – “Aos Jornalistas, Pelo Jornalismo!” de que a Direcção do Sindicato negociou nas costas dos sócios a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho para a Imprensa, aguardando apenas a “formalização junto do Ministério do Trabalho”, a mesma Direcção publicou ontem uma estranha informação com “notas sobre o processo negocial”.

A informação confirma com inquestionável clareza o que a Lista A denunciou, ao escrever que “o processo negocial entre as partes foi ultimado e que o texto final do acordo será enviado para depósito no MTSSS”.

Perante a exigência da Lista A de que seja divulgado aos sócios o texto integral do CCT, bem como a afirmação, que mantemos, de que nunca prestou informação sobre a evolução do processo negocial, a Direcção responde com uma arrogância anti-democrática nunca vista neste Sindicato: continua sem dar a conhecer o acordo que estará em vias de ser enviado para publicação no Boletim do Trabalho e Emprego.

A Direcção cessante considera-se olimpicamente desobrigada da iniciativa de prestar informação atempada e completa, invertendo o ónus do dever de esclarecer – quem quiser que pergunte! (E o certo é que houve quem perguntasse e lhe visse sonegada a informação.)

Em seis anos de negociação, não há uma única nota informativa sobre como decorriam as negociações, que matéria controvertida as dificultava, que progressos registava e, finalmente, que contrato se preparava para assinar.

Os sócios só tomaram conhecimento de que a negociação com a Associação Portuguesa de Imprensa “está fechada” porque a presidente do SJ o disse numa entrevista à Agência Lusa e porque a lista B, que se assume de continuidade dos órgãos cessantes, usou essa informação na sua propaganda.  O mandato do Sindicato para proceder à negociação do contrato Colectivo de Trabalho não iliba a direcção do dever de prestar contas no decurso e sobre as matérias em negociação. Estranha forma de envolver e mobilizar os sócios!

Ao contrário da Lista B, que se assume de continuidade da actual direcção, a Lista A não dispensa a opinião e a participação dos sócios em todas as matérias relevantes, como é o caso do CCT.

O Sindicato não pode ser propriedade da direcção. O Sindicato é dos sócios e só tem sentido se defender os interesses dos jornalistas.

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