Conselho de Género da FIJ quer locais de trabalho mais seguros e igualitários para as mulheres

O Conselho de Género da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) adotou uma declaração em Erbil, no Curdistão iraquiano, no passado dia 23 de abril, apelando a esforços renovados para melhorar a segurança e alcançar a igualdade para as mulheres jornalistas, bem como a uma revisão dos objetivos da Plataforma de Ação de Pequim (1995) relativos aos esforços aplicados pelas plataformas noticiosas para promover a igualdade, quebrando os estereótipos de género nos meios de comunicação social.

O Conselho de Género da FIJ reuniu-se em formato híbrido para a sua reunião intercalar, nos dias 22 e 23 de abril, sob o tema “Capacitar as Mulheres Jornalistas: Quebrar as barreiras à liderança sindical e combater a violência e o assédio”. A reunião, que contou com a participação do Sindicato dos Jornalistas (SJ) à distância, via zoom, teve como anfitrião o Sindicato de Jornalistas do Curdistão, um afiliado da FIJ.

Os participantes abordaram algumas das principais preocupações da FIJ em relação às mulheres jornalistas: a violência na internet e fora dela e a forma como os sindicatos as podem apoiar; as mulheres na guerra, com a intervenção de Amal Toman, uma jornalista de Gaza, na Palestina; o combate ao abuso de poder e a aplicação da Convenção C190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a violência e o assédio no mundo do trabalho; e a forma como os sindicatos podem utilizar a Convenção para alterar a abordagem dos meios de comunicação social com vista a uma maior igualdade de género.

Créditos: FIJ

Uma sessão especial da reunião incluiu apresentações de projetos da FIJ que promovem a igualdade de género a nível regional, nomeadamente, formação em matéria de género na região da Ásia-Pacífico, Rewriting The Story, um projeto para melhorar a representação de mulheres políticas na Europa, formação em matéria de segurança para mulheres ministrada na região do Médio Oriente e Norte de África e o último relatório regional sobre a situação das mulheres jornalistas na América Latina e nas Caraíbas.

A reunião terminou com a adoção da Declaração de Erbil, que apela a esforços renovados para melhorar a segurança e alcançar a igualdade para as mulheres jornalistas, bem como a uma revisão dos objetivos da Declaração de Pequim (1995) em relação aos meios de comunicação social, a fim de promover a igualdade através da eliminação dos estereótipos de género nos meios de comunicação social. A declaração também insiste no trabalho específico da FIJ para promover uma maior igualdade de género nos sindicatos.

Descarregue aqui a declaração completa em inglês ou em espanhol.

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