Dia Internacional da Mulher: as jornalistas em zonas de conflito

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) divulga e associa-se hoje, Dia Internacional da Mulher, à campanha lançada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e pelo seu Conselho de Género sobre as profissionais de comunicação social que cobrem zonas de conflito. 

De acordo com a FIJ, no ano passado, dez mulheres morreram no exercício da profissão, enquanto trabalhavam em cenários de guerra. 

A FIJ sublinha os desafios extremos quando as jornalistas “noticiam no terreno, desde ataques e ameaças militares até à intimidação policial, vigilância e violência baseada no género”. No entanto,  o organismo considera que este género de reportagem é também “uma oportunidade para as mulheres contribuírem para alterar a narrativa sobre o conflito”. 

No âmbito desta campanha são publicadas várias entrevistas a mulheres jornalistas que fazem a cobertura de guerras, de modo a conhecer os desafios que enfrentam, as suas necessidades de segurança e a importância de os governos de todo o mundo adoptarem leis internacionais que proíbam a violência e os ataques contra as profissionais da comunicação.

Da cobertura de guerras a movimentos de protesto, as mulheres jornalistas correm imensos riscos em nome da liberdade de informação. A segurança é, por isso, uma grande preocupação para as repórteres femininas uma vez que “enfrentam diariamente riscos de rapto, desaparecimento, abuso físico ou prisão”.

A insegurança no emprego é outro problema crescente. A FIJ revela que em “muitas partes do mundo, a ausência de contratos de trabalho ou apólices de seguro, bem como lacunas na segurança digital e atrasos no pagamento de salários, forçam muitas jornalistas a assumir riscos adicionais para fazer face às despesas”.

No Dia Internacional da Mulher, a FIJ apela aos governos de todo o mundo a combaterem a impunidade em torno da violência contra as mulheres jornalistas, ratificando a Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho contra a violência e o assédio.

Leia aqui os testemunhos das jornalistas que fazem a cobertura noticiosa de  zonas de conflito:

https://www.ifj.org/es/actividades/campanas-de-la-fip/women-reporting-conflicts.html

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