A ameaça de encerramento de órgãos de comunicação social e, consequentemente, de despedimento de jornalistas mantém-se presente em 2021/ 2022. A fraca sustentabilidade financeira da maioria dos órgãos de comunicação social foi agravada pelo impacto da pandemia de covid 19 na economia e da sociedade.
A Lista B tem como uma das suas principais prioridades dar toda a atenção e apoio aos jornalistas dos OCS em dificuldades de modo a garantir que os seus direitos não são atropelados.
Apresentamos as seguintes linhas de ação para 2021
1. Defender o jornalismo como pilar fundamental da democracia
2 . Defender a ética e a credibilidade do jornalismo
3. Combater a precariedade laboral e proteger os direitos adquiridos dos trabalhadores;
4. Salvaguardar os direitos e as garantias dos jornalistas no teletrabalho de modo a que se garantam condições de trabalho dignas neste contexto.
5. Continuar a dar prioridade ao combate à precariedade laboral
6. Prosseguir com o acompanhamento da situação dos estagiários – curriculares e profissionais –, no sentido de impedir o recurso abusivo a estes iniciados
7. Manter o projeto da Literacia para os Media e Jornalismo e reforçar a ligação com as Universidades desde que a atual situação sanitária o permita.
8. Lutar contra a desinformação, restrições no acesso a fontes, populismos , discursos e ações extremistas que comprometam a liberdade de imprensa
9. Continuar a revisão da Lei de Imprensa e finalizar uma proposta de revisão dos Estatutos do SJ
10. Encontrar formas de captar sócios.
11. Obrigar as empresas a cumprirem o Contrato Coletivo de Trabalho, zelando pelo cumprimento das normas de progressão da carreia e garantindo que o mínimo de entrada na profissão é cumprido.
12. Atualizar a Lei de Imprensa, nos vários aspetos ultrapassados pelo passar do tempo e garantir que fica inscrita a obrigatoriedade de prova de idoneidade e capacidade financeira.
13. Atualizar o Estatuto do Jornalista, de forma a que responda às exigências nos novos tempos, nomeadamente em questões como o teletrabalho e relação com as fontes em tempos de redes sociais.
14. Mostrar às universidades a importância das disciplinas de ética e deontologia do jornalismo e incentivar a que estas temáticas sejam incluídas nos currículos, se necessário ou desejavelmente com apoio do jornalismo.
15. Ações junto das autoridades e outras fontes oficiais, para as sensibilizar para o direito dos jornalistas de acesso à informação.