Unidade dos jornalistas leva a acordo histórico na Suécia

O Sindicato de Jornalistas Sueco (SJF) e a Associação Sueca de Editores de Jornais (TU) chegaram a acordo, a 30 de Agosto, sobre questões relacionadas com direitos de autor e contratação colectiva. O entendimento levou à suspensão da greve que os mais de cinco mil jornalistas suecos se preparavam para cumprir em defesa dos seus direitos.

O novo acordo prevê a manutenção dos direitos de autor de todos os jornalistas que trabalhem em grupos de média, estabelece pela primeira vez um contrato colectivo para os meios on-line e de radiodifusão, promete um aumento médio de dez por cento nas tabelas de pagamentos das redacções e acaba com os salários baixos nos órgãos regionais, estabelecendo um salário mínimo mensal de 25 mil coroas suecas (2.625 euros) para os jornalistas veteranos.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) saudou a assinatura deste “acordo histórico” que “acaba com o escândalo dos salários baixos e protege os direitos de autor de todos os jornalistas”, frisando que tal só foi possível devido à “unidade e solidariedade demonstrada” pela classe e esperando que o exemplo sirva de inspiração a profissionais de outros pontos da Europa.

Congratulando-se com o sucesso alcançado pelos camaradas suecos, o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, afirmou ao sítio do SJ que “a forma como essa vitória foi conseguida confirma a importância da unidade dos jornalistas e a justeza da reivindicação do reconhecimento dos direitos de autor e da necessidade de dignificação dos salários no sector da comunicação social, prioridades da acção do Sindicato dos Jornalistas”.

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