FEJ aprova moção em defesa das emissoras públicas de Portugal e Espanha

A Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), reunida em assembleia geral em Zagreb, na Croácia, aprovou uma moção urgente em defesa das emissoras públicas de Portugal e Espanha.

Sindicatos dos dois países apresentaram uma moção ibérica denunciando a falta de investimento nos canais de rádio e televisão públicos e, no caso de Portugal, também da agência de notícias Lusa.

Os proponentes da moção – o Sindicato dos Jornalistas e os espanhóis FAPE, FESP e UGT – alertaram ainda para a crescente precariedade laboral nestes meios de informação, que, simultaneamente, têm visto sair muitos profissionais dos quadros e, com eles, todo um capital de experiência acumulado.

No caso da RTP, o Sindicato dos Jornalistas alertou que a emissora pública enfrenta diariamente uma redução do número de postos de trabalho para jornalistas, que, quando saem da empresa, nunca são substituídos, gestão que tem aumentado a depauperização das redações. A mesma situação se verifica na Lusa.

O subfinanciamento da RTP conduziu também à estagnação salarial, piorando as condições de trabalho e aumentando a precariedade. A mesma situação se verifica na Lusa.

Em concreto, a moção menciona o último desenvolvimento na Rádio Televisión Madrid (emissora pública regional), em que um novo diretor foi nomeado pela autarca da cidade antes mesmo do fim do mandato dos predecessores.

Os sindicatos espanhóis destacaram ainda a crescente interferência política na emissora nacional RTVE, onde acresce que cerca de 300 empregos estão em perigo.

A assembleia anual da FEJ, que aprovou a moção por unanimidade, insta ao adequado financiamento das emissoras de serviço público de Portugal e Espanha e exige que estas se pautem por contratos de trabalho estáveis ​​e salários decentes para jornalistas e outros funcionários.

Partilhe