Congresso dedica programação especial ao 25 de Abril

Iniciativas são abertas ao público, de acesso livre e gratuito, e decorrem nos dias 15, 16 e 17 de janeiro.

Este  ano dá-se a feliz coincidência de o 5.º Congresso de Jornalistas coincidir com as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

Esse facto traduziu-se, para a organização do Congresso, na evidência de que havia que assinalar a data, cruzando-a com a instauração da democracia e da liberdade em Portugal.

O desafio era enorme e, por certo, muitas outras iniciativas caberiam nos três dias (dois e meio, na verdade) disponíveis para esta programação especial dedicada a destacar a estreita relação entre o Jornalismo e o 25 de Abril.

Antecedendo o 5.º Congresso dos Jornalistas e com quartel general também no Cinema São Jorge, uma série de iniciativas – abertas ao público em geral e de acesso livre e gratuito – vão preencher os dias 15, 16 e 17 de janeiro.

Inscrevendo o Jornalismo como pilar da democracia e agente social, prestar-se-á tributo ao passado, ao mesmo tempo que se reflete sobre o presente.

O teatro estará presente em primeiríssima mão, com um ensaio aberto da peça “A Noite”, inspirada na obra de José Saramago e levada a cena pelo Grupo de Teatro de Jornalistas do Norte. Ainda em versão ‘trabalho em curso’, já que só terá estreia oficial a 24 de abril, a peça servirá de mote a uma conversa com Pilar del Rio, seguida de debate informal com a plateia.

Pela grande tela passará uma pequena amostra de conteúdos jornalísticos sobre o 25 de Abril e será também dado destaque à rádio, propondo-se uma experiência de partilha sonora, em sala de cinema.

O Cinema São Jorge acolherá duas exposições: a reposição, com algumas adaptações, de “Proibido por inconveniente”, da autoria do Arquivo Ephemera, e uma amostra dos ricos arquivos jornalísticos da Fundação Mário Soares Maria Barroso, concretamente dos fotógrafos estrangeiros Ingeborg Lippman e Peter Collis, nunca expostos em Portugal.

Ambas as exposições ficarão patentes nas vitrines do cinema até final de janeiro (com entrada livre, à exceção dos dias 18, 19 e 20 de janeiro, quando decorre o 5.º Congresso de Jornalistas) e serão acompanhadas por visitas guiadas e tertúlias.

A rua será o palco de outra exposição, “Portugal Livre 1974-2024”, que colocará em diálogo quem fotografou o 25 de Abril e fotojornalistas nascidos após 1974, sobre o que foi conquistado e o que falta conquistar desde a Revolução.

Esta mostra, com curadoria do fotojornalista Mário Cruz, fundador da Narrativa, será inaugurada a 15 de janeiro, às 15h00, e ficará patente no espaço público de Lisboa durante um mês.

No dia 16, às 15h00, contaremos com uma intervenção do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, seguida de um debate com estudantes.

A programação inclui ainda três momentos de homenagem: às mulheres jornalistas, ao Sindicato dos Jornalistas (que assinala o seu centenário em 2024) e a quem foi jornalista no tempo da censura e tentou contorná-la para garantir o direito à informação do povo português (esta última, no dia 17, incluirá uma atuação musical de Vitorino Salomé).

Esta programação especial fechará com uma “Banda sonora de uma Revolução”, uma viagem pela música que se ouvia em 1974 conduzida pelo radialista Mário Dias, que revolucionou os bares e discotecas do Cais do Sodré e foi o primeiro DJ do bar “Jamaica”.

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