Carlos Veiga Pereira é condecorado postumamente com a Ordem da Liberdade pela Presidência da República

O Presidente da República condecorou postumamente com a Ordem da Liberdade, a mesma com que foram distinguidos os Capitães de Abril, o jornalista Carlos Veiga Pereira pelo seu papel de extrema importância na Revolta de Beja, em cerimónia que aconteceu ontem. Miriam Halpern Pereira, historiadora, detentora da medalha do Mérito Científico, mulher e companheira de vida do jornalista, recebeu as insígnias da mão de Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia esteve presente em representação do Sindicato dos Jornalistas a vice-presidente da Direção, Ana Isabel Costa.

A Revolta de Beja foi uma ação de luta contra a ditadura, que teve lugar na noite da passagem de ano de 31 de dezembro de 1961. Tratou-se de uma tentativa de golpe civil e militar que pretendia derrubar o regime a partir da tomada de assalto do Regimento de Infantaria naquela cidade alentejana.

Carlos Veiga Pereira foi o primeiro presidente do Conselho Geral do Sindicato dos Jornalistas, no biénio 1991/92, órgão de que continuou a ser membro até a sua morte, em 29 de dezembro de 2018, aos 91 anos.

Foi também representante da classe no Conselho de Imprensa, funções que exerceu gratuitamente até 1981, por o seu mandato ter sido renovado por duas vezes pelo SJ.

Em 1998 foi eleito pelo Sindicato dos Jornalistas para membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, cargo que desempenhou até à extinção deste órgão.

Com uma carreira totalmente dedicada ao jornalismo, Carlos Veiga Pereira teve sua primeira contratação pel’O Primeiro de Janeiro, e, mais tarde, foi diretor de informação da Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP) e da RTP.

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