As razões da minha candidatura

Carlos Camponez (sócio n.º 1591) é professor na Licenciatura em Jornalismo e Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e director da Mediapolis – Revista de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público. Estuda, em particular, as questões da Ética e da Deontologia do Jornalismo. Jornalista freelance, trabalhou na revista África Confidencial e nos jornais Diário de Lisboa, A Capital, Público, Jornal de Leiria e Região de Leiria.

As razões da minha candidatura

Aceitei encabeçar a lista do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, integrada na candidatura Aos jornalistas, pelo Jornalismo!, porque considero que a autorregulação do jornalismo não é um direito, é um dever. Esse dever é um corolário do princípio expresso na Carta de Ética Mundial para Jornalistas, da Federação Internacional de Jornalistas, segundo o qual “o jornalista só aceitará, em questões de honra pessoal, a jurisdição de organismos independentes de autorregulação abertos ao público, excluindo qualquer ingerência governamental ou de outro tipo”.

Entendi que responder ao repto que me foi lançado é consequente com décadas de envolvimento nos diferentes corpos sociais do Sindicato de Jornalistas, nomeadamente no Conselho Deontológico.

O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas é o mais antigo órgão de autorregulação do jornalismo, em Portugal, e constituiu um importante espaço de credibilização dos jornalistas, que deve ser quotidianamente reforçado. Nesse sentido, em linha com o programa de candidatura consensualizado com os membros da lista, considero que é importante que o Conselho Deontológico não seja apenas um espaço de recepção de queixas e de emissão de pareceres. Deve ser uma voz actuante e desempenhar um papel charneira na criação de uma cidadania mediática exigente sobre a qualidade da informação, envolvendo os jornalistas, o público, as empresas de comunicação social e o Estado.

Entendo o meu papel no Conselho Deontológico como uma responsabilidade, em primeiro lugar como jornalista e sócio do Sindicato dos Jornalistas, depois, como cidadão preocupado com a qualidade da informação pública e, finalmente, como professor de futuros profissionais do jornalismo.

A perda de representatividade do Sindicato dos Jornalistas entre a classe, em particular entre os jornalistas mais jovens, é um desafio que temos de, em conjunto, tentar ultrapassar. A acção do Conselho Deontológico pode ser um espaço complementar para a mobilização dos profissionais, promovendo uma consciência crítica colectiva e sendo uma voz actuante e próxima dos jornalistas e de todos quando se preocupam com o futuro do jornalismo.

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