Greve na Lusa deixa agência sem notícias

A greve de quatro dias dos trabalhadores ao serviço Lusa, que hoje se iniciou, deixou da agência sem distribuição de notícias. Desde as 8 horas da manhã apenas uma notícia internacional foi colocada em linha.

Embora ainda não seja possível aferir a adesão à greve, sabe-se que esta manhã não havia um único jornalista a trabalhar nas redacções de Lisboa e do Porto.

Os trabalhadores ao serviço da agência Lusa estão hoje concentrados junto da Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, desde das 11 horas, e à porta da delegação da empresa no Porto desde as 10 horas.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) está a participar activamente nesta luta na empresa, através dos seus dirigentes e dos seus delegados sindicais.

Como se afirma no comunicado divulgado ontem pelo SJ, o que motiva esta luta não é apenas a “manutenção dos postos de trabalho”, ameaçados pelo corte de 30,9% das verbas destinadas à agência previsto na Proposta de Orçamento de Estado, nem somente o “serviço, em quantidade e em qualidade, que a Lusa presta à generalidade dos órgãos de informação portugueses e às agências noticiosas internacionais”.

O que está em causa, sublinha o SJ, é a “ameaça de uma enorme redução da capacidade da Lusa em acompanhar o pulsar do Mundo e do País, das regiões e das localidades, das comunidades de portugueses onde quer que estejam, das iniciativas e das realizações das suas organizações e das entidades que são o suporte da sua vida, e de fazer disso notícia e de levar a notícia a todos os órgãos de informação e, através destes, a todos os cidadãos. Por isso, o que está ameaçado é o direito dos cidadãos à informação”.

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