UGT – colaboração sem filiação

Criada em 1976, na sequência do chamado Movimento «Carta Aberta», que contestava a Intersindical Nacional (depois denominada CGTP), a União Geral de Trabalhadores (UGT) representou uma cisão do movimento sindical. Em consequência, para preservar a unidade da classe, o SJ decidiu colaborar sem filiação com as duas centrais.

A UGT – União Geral de Trabalhadores foi constituída por sindicalistas ligados ao Partido Socialista e ao Partido Social Democrata em Outubro de 1978, na sequência do Movimento Autónomo de Intervenção Sindical, ou Movimento «Carta Aberta», de 1976, que contestava as orientações da Intersindical Nacional (designação original da CGTP).

A sua Declaração de Princípios e os respectivos Estatutos foram aprovados em 27 e 28 de Outubro de 1978 em Lisboa, e o seu primeiro congresso realizou-se no Porto em 29 e 30 de Janeiro do ano seguinte.

Quase dois anos depois, o Sindicato dos Jornalistas, que integrava a CGTP/IN desde a sua fundação, decidiu afirmar a sua independência face às centrais sindicais existentes e às que viessem a constituir-se. A decisão foi tomada através de uma consulta aos associados, realizada por voto secreto em 25 de Junho de 1980.

«Não vamos votar contra nenhuma das organizações do Movimento Sindical, com quem queremos, no futuro, manter relações normais de cooperação na base do mútuo respeito», lê-se no comunicado da Direcção do SJ, de 20 de Maio de 1980, que explicava aos sócios os objectivos da consulta.

Desde 1977 que o SJ mantinha uma política de não empenhamento na CGTP, com o objectivo de preservar a unidade do Sindicato, evitando o efeito fracturante das dissensões que então se verificavam no seio do movimento sindical.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) mantém relações cordiais com a UGT, assim como com a CGTP, bem como pontes de cooperação com sindicatos filiados em ambas as centrais ou independentes, designadamente em processos reivindicativos ou de defesa de direitos e interesses comuns dos trabalhadores.

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