Trabalhadores da RTP decidem aderir à greve geral

O plenário de trabalhadores da RTP decidiu hoje, 16 de Março, por unanimidade e aclamação, aderir à greve geral de 22 de Março e apelar a todos os trabalhadores para que se concentrem às 8H00 desse dia frente ao portão da Rua Emídio Navarro.

Na moção aprovada, os trabalhadores da RTP dão um prazo de 48 horas à Administração para garantir que a reestruturação em desenvolvimento não preveja despedimentos, nem deslocações coercivas do local de trabalho nem a perda de vínculo à empresa.

MOÇÃO
Considerando que:
1 – O Governo tem vindo a destruir postos de trabalho e a roubar salários e subsídios, sob o pretexto de cumprir ditames da troika e de ir além deles;

2 – As administrações de várias empresas públicas reclamaram e obtiveram formas atenuadas do roubo de salários;

3 – O Conselho de Administração (CA) da RTP tem, pelo estatuto, pela situação financeira da empresa e pelo passado recente de congelamentos salariais, todas as condições para seguir esse exemplo;

4 – Em resposta à intensificação das medidas do Governo, a CGTP e vários sindicatos, da UGT e independentes, apresentaram um pré-aviso de greve para o dia 22 de Março,

Os trabalhadores, reunidos em plenário em 16 de Março, decidiram:

1 – Reclamar do CA, no prazo de 48 horas, garantias sobre os seguintes pontos:
a) que o Plano de Reestruturação actualmente em desenvolvimento não preveja despedimentos nem deslocações coercivas do local de trabalho, nem a perda do vínculo à empresa;
b) manutenção de todos os direitos adquiridos;
c) que sejam aplicados na RTP os mesmos critérios de excepção, ou “adaptação”, aos cortes salariais já aplicados noutras empresas públicas;

2 – Em caso de resposta satisfatória a estes dois pontos, marcar novo plenário para avaliar a situação;

3 – Desde já, declarar a adesão à greve geral e apelar à participação de todos os colegas na concentração, a 22 de Março, a partir das 8 horas, frente ao portão da R. Emídio Navarro.

Lisboa, 16 de Março de 2012

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