SJ solidário com Mário Crespo

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) critica as alegadas referências desprimorosas e ofensivas que terão sido feitas por membros do Governo ao jornalista Mário Crespo.

Em Nota hoje divulgada, e que a seguir se transcreve na íntegra, o SJ considera que, a confirmar-se o teor de uma conversa entre o primeiro-ministro, dois ministros e um executivo de um operador de televisão, difundida no sítio do Instituto Sá Carneiro na Internet, envolvendo o jornalista Mário Crespo, estamos perante uma situação “profundamente condenável”, susceptível de “alimentar a suspeita de que o Governo persegue os jornalistas” e que “impõe uma retractação pública”.

Nota da Direcção do SJ

Tendo tomado conhecimento do teor de um artigo do jornalista Mário Crespo, difundido hoje no sítio do Instituto Sá Carneiro na Internet e replicado por vários órgãos de informação na Rede, aludindo ao teor de uma conversa entre o primeiro-ministro, dois ministros e um executivo de um operador de televisão, durante a qual o nosso camarada terá sido objecto de referências desprimorosas e ofensivas, e tendo sido instada a pronunciar-se sobre o caso, a Direcção do Sindicato dos Jornalistas torna desde já público:

1.A ser comprovado o seu teor, a conversa referida é profundamente condenável, não apenas pelas expressões desprimorosas para a pessoa e para o profissional, mas também por alimentar a suspeita de que o Governo persegue os jornalistas, os serviços noticiosos e os órgãos de informação que não são do seu agrado.

2.Reconhecendo-se o direito de opinião sobre o desempenho dos órgãos de informação e dos jornalistas, não se pode aceitar o recurso a expressões susceptíveis de atentarem contra a honra e a dignidade dos visados ou que constituam uma ameaça – mesmo velada – ao seu futuro profissional.

3.As expressões alegadamente utilizadas não podem ser empregues por pessoas de bem e muito menos são aceitáveis na boca de titulares de altos cargos, pelo que, a confirmarem-se, se impõe uma retractação pública das pessoas que as tenham proferido.

Lisboa, 1 de Fevereiro de 2010

A Direcção

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