SJ preocupado com o papel dos jornalistas na Guiné-Bissau

A direcção do Sindicato dos Jornalistas, em carta enviada ao Embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa, Máximo Gomes, sublinha que a detenção de João de Barros e as coacções sobre outros profissionais põem em causa o papel dos jornalistas “na construção de uma Nação mais livre e justa”.

É o seguinte o texto integral da missiva enviada pelo SJ:

“O Sindicato dos Jornalistas portugueses acompanha com preocupação a situação do jornalista João de Barros, mais uma vez detido pelas autoridades guineenses em razão do exercício da sua profissão e do direito à opinião.

“Embora tenha sido libertado ontem, conforme foi noticiado, o referido jornalista ficou submetido à obrigação de apresentação ao Ministério Público de dez em dez dias, medida susceptível de ser considerada como coacção psicológica, além de limitadora da sua liberdade de movimentos, imprescindíveis à sua actividade profissional.

“Não sendo nova nem exclusivamente dirigida a João de Barros, a atitude das autoridades guineenses infunde-nos séria preocupação quanto às condições que os nossos camaradas de profissão enfrentam na Guiné-Bissau, as quais colocam em causa o papel fundamental dos jornalistas e dos meios de comunicação social na construção de uma Nação mais livre e justa.

“Nesta conformidade, solicitamos-lhe que transmita ao Senhor Presidente da República da Guiné-Bissau o apelo dos jornalistas portugueses para que crie e desenvolva condições para o exercício livre e independente do jornalismo”.

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