SJ preocupado com anunciada reestruturação no Jornal da Madeira

Direcção Regional da Madeira defende pluralismo da informação e alerta para perigos da concentração de meios.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) está preocupado com a anunciada reestruturação financeira, empresarial e editorial da Empresa Jornal da Madeira (EJM), divulgada recentemente pelo Conselho de Governo da Madeira.
A propósito da situação, a Direcção Regional da Madeira do SJ emitiu um comunicado no qual defende a diversidade e o pluralismo da informação, fundamentais para a democracia e para a autonomia regional, e alerta para os perigos da concentração de meios.
Simultaneamente, a direcção regional do SJ manifesta-se contra a redução de pessoal na EJM, instando o accionista maioritário da empresa – a prória Região Autónoma da Madeira – a proteger os postos de trabalho e minimizar os impactos sociais.
A EJM passou, muito recentemente, por um processo de “rescisões por mútuo acordo”, no qual deixaram a empresa mais de uma dúzia de trabalhadores. É, por isso, dificilmente aceite que, em curto espaço de tempo, volte a esse propósito ou parta para um eventual despedimento colectivo.
A Direcção Regional da Madeira do SJ insta a empresa a cumprir o Contrato Colectivo de Travalho em vigor e pede prudência na anunciada “redução da folha salarial”, quando os jornalistas viram, nos últimos anos, os seus vencimentos líquidos congelados ou diminuídos, por força, por exemplo, dos cortes no subsídio de refeição e de outras medidas impostas ao Sector Empresarial da Região Autónoma da Madeira pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro.
Sobre o anunciado plano de privatização, a Direcção Regional da Madeira do SJ considera que o sector da comunicação social não deve prestar-se a “aventureirismos” por parte de empresários ou empresas que visam o lucro a qualquer preço.
A Direcção Regional da Madeira do SJ vai pedir audiências ao secretário regional com a tutela da comunicação social e à diocese do Funchal, que detém uma quota minoritária na EJM, e defende que o Conselho de Redacção do Jornal da Madeira seja ouvido em tudo quando tenha impacto editorial.

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