SJ alerta para desigualdades de salários e lideranças na comunicação social em Portugal

Os jornalistas têm o dever de retratar a sociedade de uma forma equilibrada e de dar voz a quem não tem voz.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) assinala o Dia Internacional da Mulher alertando para as desigualdades salariais e no acesso a cargos de decisão e chefia nas empresas de comunicação social em Portugal.

O Sindicato dos Jornalistas recorda ainda que os jornalistas têm o dever de retratar a sociedade de uma forma equilibrada e de dar voz a quem não tem voz. O ponto 9.º do Código Deontológico impõe: “O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da ascendência, cor, etnia, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social, idade, sexo, género ou orientação sexual”.

Ora, os meios de informação portugueses têm-se limitado, por vezes, a reproduzir representações estereotipadas das mulheres e do papel que a sociedade lhes atribui, em vez de as questionar e de contribuir para a transformação social no sentido da igualdade entre mulheres e homens.

O Sindicato dos Jornalistas aproveita para se solidarizar com o bom exemplo da vizinha Espanha, que convocou uma greve geral feminista para hoje, à qual se associaram mais de cinco mil jornalistas (Las Periodistas Paramos / #wethewomenjournalistsstop), alegando que, enquanto trabalhadoras, sofrem o mesmo “sexismo” presente noutros setores (“precariedade, insegurança laboral, obstáculos no acesso aos cargos de decisão, assédio sexual e menosprezo profissional”).

As jornalistas espanholas em protesto denunciam a masculinização dos espaços informativos, garantindo que “há mulheres jornalistas em número suficiente e especialistas mulheres que podem garantir equilíbrio nesses espaços”.

Partilhe