Quatro semanas depois da greve dos jornalistas e após 16 horas consecutivas de negociações, os sindicatos Ver.di e Deutsche Journalisten Verband (DJV) chegaram a um acordo salarial com a Associação Alemã de Editores de Jornais (BDZV), anunciou a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ).
Este acordo, que abrange mais de 14 mil jornalistas, permitiu resolver os principais pontos de conflito entre as duas partes: as férias foram escalonadas de acordo com a idade, em vez de serem reduzidas a um valor único; o aumento de horas de trabalho foi evitado; e os salários não sofreram reduções, embora não tenha havido acordo para aumentos com base na inflação.
No início das negociações, recorda-se, os patrões dos média alemães avançaram com propostas que, entre outras coisas, previam o aumento das horas de trabalho e a redução das férias e do respectivo subsídio, atitude que os sindicatos consideraram “provocatória e inaceitável”.
Para a FEJ, o acordo alcançado é uma prova de que “a qualidade dos média depende de condições de trabalho decentes para os jornalistas”, uma vez que não é acabando com os direitos adquiridos dos profissionais da comunicação que se responde a crises de curto prazo nos média.
