A juíza Graça Pissarra absolveu os jornalistas Rui Costa Pinto e Pedro Camacho, director da “Visão”, do crime de difamação agravada de que eram acusados pelo primeiro-ministro José Sócrates e por Júlio Pereira, ex-responsável dos serviços secretos portugueses.
Na base da queixa estava o artigo “A secreta oculta de Sócrates”, escrito por Rui Costa Pinto e publicado na Visão em 2006, no qual se dizia que estava em formação um serviço secreto dependente do gabinete do secretário-geral dos Serviços de Informações, Júlio Pereira, e cujo funcionamento não dependia da Assembleia da República.
Segundo Rui Patrício, advogado de defesa dos jornalistas, a sentença lida no Campus da Justiça, em Lisboa, conclui que “o artigo publicado não era ofensivo e situava-se dentro da liberdade de imprensa que a lei protege e consagra”, motivo pelo qual o pedido de indemnização de 250 mil euros reivindicado por José Sócrates e o de 30 mil euros solicitado por Júlio Pereira foram recusados.