RSF conta 53 jornalistas mortos em 2004

Pelo menos 53 jornalistas foram mortos em serviço ou por expressarem as suas opiniões durante o ano de 2004, o total anual mais elevado desde 1995, noticiou a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Além destes 53 jornalistas, a RSF registou 15 mortes entre outros trabalhadores dos média, 907 detenções, 1146 ataques ou ameaças a profissionais da comunicação e, no mínimo, acções de censura em 622 órgãos de informação.

Em todos os pontos, excepto nos ataques ou ameaças a jornalistas, houve um aumento considerável em relação a 2003.

O país onde mais jornalistas foram mortos voltou a ser o Iraque, com 19 repórteres assassinados e 12 trabalhadores dos média mortos no decorrer do ano. Seguiram-se as Filipinas, com seis mortes a registar, o Bangladesh, com quatro, e o México, com três.

Segundo a RSF, os ataques terroristas e a guerrilha foram as principais causas de morte, seguidos da exposição da corrupção e das notícias sobre crime organizado.

O ano que passou ficou ainda marcado pelos sequestros, com pelo menos doze jornalistas raptados no Iraque e quatro no Nepal.

Há ainda a registar três desaparecidos: Fred Nérac (desde 22 de Março de 2003), Isam Hadi Muhsin al-Shumary (desde 15 de Agosto de 2004) e Guy-André Kieffer (desde 16 de Abril de 2004).

No relatório anual da RSF consta ainda que, a 1 de Janeiro de 2005, 107 jornalistas e 70 ciberdissidentes se encontravam presos em todo o mundo.

Noutros balanços já publicados sobre o mesmo tema, o CPJ apontava para 56 jornalistas e 17 trabalhadores dos média mortos, enquanto o INSI registava um total de 117.

Partilhe