Pilar Manjón, docente da Universidade Autónoma de Madrid e presidente da Associação 11-M Afectados pelo Terrorismo, condicionou a sua comparência num curso de Verão a que a rádio Cope abandonasse a sala, denuncia a Federação de Associações de Imprensa de Espanha (FAPE).
A FAPE condenou a atitude da docente sublinhando que tais actos “debilitam a democracia e restringem a liberdade de expressão”.
Em comunicado divulgado a propósito, a FAPE lamenta que os organizadores e colaboradores da conferência “não tenham reagido com maior diligência e eficácia contra esta discriminação”.
A conferência prosseguiu após a jornalista da Cope abandonar a sala.
Segundo o director de informação da rádio, Ignacio Villa, citado pelo diário espanhol “El Mundo”, a Cope não pensa tomar nenhuma medida contra Pilar Manjón, considerando que o seu comportamento, que classifica de “ataque frontal à liberdade de expressão”, “fala por si só”.
Por seu lado, a FAPE não deixou de chamar a atenção que em situações de exclusão de um meio de comunicação por razões ideológicas ou pessoais, “os restantes média deveriam solidarizar-se com ele e suspender a actividade profissional enquanto se mantivesse a exclusão”.
Quanto à Associação 11-M, não fez comentários sobre o sucedido.