Polícia francesa revista redacção e casa de jornalista

A polícia francesa revistou, às 6 da manhã de 15 de Novembro, a casa de Roberto Cristofoli, jornalista do diário regional “Le Parisien”, deslocando-se posteriormente para a redacção do título em Saint-Ouen, onde, após várias horas de busca, apreendeu o disco rígido do computador e documentos pessoais do repórter.

A busca foi conduzida por ordem de um magistrado de Paris, no âmbito de uma suspeita de que Roberto Cristofoli tenha ouvido frequências rádio codificadas da polícia durante os motins, usando um dispositivo que lhe fora dado por agentes da autoridade.

De acordo com informações da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), a 16 de Novembro o jornalista continuava detido para interrogatório nas instalações da Inspecção-Geral de Serviços (IGS), correndo o risco de ser investigado por “quebra da confidencialidade profissional”, já que as frequências do sistema Acropol usado pela polícia devem ser inaudíveis para qualquer pessoa exterior às forças de segurança.

Demonstrando o seu apoio a Roberto Cristofoli, a RSF apelou às autoridades judiciais para que respeitem o direito do jornalista à protecção das suas fontes, consagrado no Artigo 109º do código penal e no Artigo 10º da Convenção Europeia sobre Direitos Humanos.

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