Os trabalhadores da Rádio Capital reuniram-se em plenário na quinta-feira, 12 de Setembro, após a intervenção da Inspecção-Geral do Trabalho, motivada pela recusa da administração em autorizar a reunião nas instalações da empresa.
Os trabalhadores da estação decidiram várias acções para defesa dos seus direitos e do futuro da estação. Como revela o Sindicato dos Jornalistas, em comunicado, uma das acções será o estabelecimento de contactos sindicais com representantes de trabalhadores de outras empresas detidas pelo presidente da Rádio Capital, António Vasco Teixeira da Silva.
É o seguinte o texto aprovado pelo plenário dos trabalhadores da Rádio Capital, divulgado em comunicado pelo SJ:
TRABALHADORES LUTAM PELO FUTURO DA RÁDIO CAPITAL
“A administração da Rádio Capital tentou impedir esta tarde a realização, nas instalações da empresa, do plenário de trabalhadores. Este novo atropelo à legalidade motivou a intervenção da Inspecção-Geral do Trabalho, o que permitiu desbloquear a situação.
“Os trabalhadores acabaram por se reunir na redacção e deliberaram o seguinte:
“1. Repudiar, mais uma vez, a atitude assumida pela administração da empresa no que toca aos sucessivos adiamentos do pagamento atempado dos salários dos trabalhadores;
“2. Manifestar a sua preocupação pelo futuro do projecto Rádio Capital e da empresa, tendo em conta a falta de diálogo por parte da administração;
“3. Face a eventuais novos atrasos no cumprimento das obrigações por parte da administração, os trabalhadores propõem-se levar a cabo uma série de acções para denunciar a situação junto dos órgãos de comunicação social e entidades oficiais, nomeadamente a Inspecção-Geral do Trabalho;
“4. Foi ainda deliberado encetar diligências para a realização de encontros intersindicais, envolvendo todos os trabalhadores das empresas detidas pelo presidente do Conselho de Gerência da Rádio Capital, António Vasco Teixeira da Silva;
“5. Caso se verifique, no final do corrente mês, o incumprimento das obrigações legais por parte da administração, os trabalhadores decidirão em plenário a adopção de novas formas de luta;
“6. Os trabalhadores reafirmam o seu empenho em defender os postos de trabalho, em lutar pelos seus legítimos direitos, condições de trabalho e dignidade profissional.”