O presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado, vai ser julgado por alegada prática de crime de atentado à liberdade de imprensa.

A decisão é do Tribunal de Instrução Criminal de Guimarães que, segundo o jornal “Público”, aceitou uma queixa apresentada pela empresa “Comércio de Guimarães” e pelo ex-secretário de Estado da Comunicação Social Arons de Carvalho contra Pimenta Machado. Os factos remontam a 28 de Fevereiro de 2001, altura em que o arguido terá proibido o acesso de jornalistas do jornal “Desportivo de Guimarães” e da Rádio Santiago à conferência de imprensa de apresentação do treinador Augusto Inácio.

A acusação é sustentada pelo depoimento de 19 testemunhas, 13 das quais jornalistas, que presenciaram o ocorrido.

Os desentendimentos entre Pimenta Machado e a Rádio Santiago datam de 1997, ano em que o presidente do Vitória de Guimarães decidiu impedir o acesso ao estádio aos repórteres que faziam o relato dos jogos. Na sequência deste atentado à liberdade de imprensa, Pimenta Machado foi condenado, em 2001, a uma pena de um ano de prisão, suspensa por dois anos. A condenação, confirmada nas instâncias judiciais superiores, mantém-se suspensa até Julho de 2004.

Ainda em 2001, Pimenta Machado foi condenado, por injúrias, ao pagamento de mil euros ao gestor do “Comércio de Guimarães”, Handel Oliveira.