Pelo menos 35 jornalistas e trabalhadores dos media já morreram em Gaza

Pelo menos 35 jornalistas e trabalhadores da área dos ‘media’ morreram já durante a guerra na Faixa de Gaza, com outros feridos ou desaparecidos durante a investida de Israel sobre aquele território da Palestina.

A recolha da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e do Sindicato de Jornalistas Palestinianos (PJS) pode ser consultada no ‘site’ da FIJ, e deixa patente a quantidade de jornalistas que sofreram com a retaliação de Israel após um ataque do Hamas.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) associa-se à FIJ e ao PJS em condenar as mortes de jornalistas em Gaza e os ataques continuados com que sofrem trabalhadores dos ‘media’ no terreno, bem como ao pedido da FIJ para uma investigação imediata a cada uma das mortes.

O SJ lamenta estas mortes e lembra que os jornalistas não são alvos, não são inimigos nem parte ativa na guerra, são apenas homens e mulheres a exercer uma profissão, que em Portugal está consagrada na Constituição da República. Os jornalistas fazem valer o direito de acesso à informação de todos os cidadãos através do cumprimento do dever de informar, deslocando-se aos terrenos, de guerra, política ou outros.

“Em condições tão perigosas, a FIJ lembra aos jornalistas no terreno que tomem precauções, usem equipamento de segurança profissional e que não viajem sem que tenham todas as condições necessárias para cobrir estes eventos. Nenhuma história vale a vida de um jornalista”, pode ler-se numa nota publicada no ‘site’ da federação internacional.

O secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger, pede que estes trabalhadores possam “ser tratados e protegidos como os civis e que possam trabalhar sem interferência”, pedindo a “todos os combatentes no conflito que salvaguardem os jornalistas”.

Aos mortos pelos ataques aéreos e outras operações militares que Israel tem levado a cabo em Gaza juntam-se os feridos e desaparecidos, além dos danos às redações de vários órgãos de comunicação social, como a Agência Shehab, a Agência Ma’an, o jornal Al-Ayyam e a rádio Gaza FM.

O Sindicato dos Jornalistas apela, tanto ao Hamas como a Israel, a que cessem as agressões o mais brevemente possível. Enquanto não encontrarem uma forma de silenciar as armas, o SJ pede que tenham respeito pelos civis e que evitem por todos os meios que vidas inocentes sejam perdidas no conflito.

A lista de jornalistas, fotojornalistas e outros trabalhadores dos ‘media’ mortos pelos ataques em Gaza inclui os seguintes nomes: Ahmed Fattouh, Mousa Al Barsh, Ahmed Al-Qara, Yahya Abu Munie, Mohammad Abu Hasira, Mohammed Jaja, Mohammed Abu Hatab, Majd Fadl Arandas, Majd Kashkou, Imad Wahidi, Nazmi Al-Nadim, Yasser Abu Namous, Doaa Sharaf, Jamal Al-Faqawi, Saed Al-Halabi, Ahmed Abu Mahadi, Salema Mukhaimar, Mohammed Imad Labad, Rushdi Sarraj, Muhammad Ali, Khalil Abu Ghthera, Samih Al-Nadi, Isam Bahar, Mohammed Balousha, Abdul Hadi Habib, Hossam Mubarak, Ahmed Shehab, Mohammed Fayez Yousef Abu Matar, Said Al-Taweel, Mohammed Sobboh, Hisham Nawajhah, Asaad Shamlakh, Mohammad Al-Salhi, Ibrahim Lafi e Muhammad Jarghoun.

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