Os planos dos editores alemães para enfraquecer as leis do trabalho nos órgãos de comunicação constituem um ataque social e profissional ao jornalismo na Alemanha, alertou a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ).
Após um protesto no exterior das instalações da Associação Europeia de Editores de Jornais (ENPA), a FEJ entregou uma carta em que apela à ENPA para que se oponha às novas medidas, de acordo com as quais os jornalistas na Alemanha passarão a trabalhar mais horas e sofrerão reduções de salário e do período de férias.
O protesto teve lugar enquanto a Associação Alemã de Editores de Jornais e sindicatos da classe se reuniam em Frankfurt com proprietários de jornais com vista a tentar um outro acordo para o sector.
Entretanto, como forma de aviso, cerca de uma dúzia de greves, envolvendo mais de 2000 jornalistas, começaram já a ter lugar um pouco por toda a Alemanha, tendo a FEJ sublinhado que, se as novas medidas entrarem realmente em vigor naquele país, a situação dos profissionais dos média pode, por arrastamento, degradar-se em toda a Europa.