Na morte de Noémia de Sousa

A direcção do Sindicato dos Jornalistas recebeu com profundo pesar a notícia da morte de Noémia de Sousa, jornalista e escritora, que foi considerada uma das pioneiras da poesia moçambicana.

Noémia de Sousa morreu a 4 de Dezembro, em Cascais. Era sócia do Sindicato dos Jornalistas, com o número 319, e estava reformada da agência Lusa.

Nascida em Catembe, Moçambique, a 20 de Setembro de 1926, Noémia de Sousa escreveu um conjunto de poemas, entre 1949 e 1951, que a levaram a ser considerada uma referência e uma fundadora da literatura de Moçambique. “É a mãe de todos os poetas moçambicanos”, disse, um dia, Zeca Afonso.

O escritor Nelson Saúte recuperou essa ideia do autor da “Grândola Vila Morena”, quando, em 1998, entrevistou Noémia de Sousa, um dos 14 autores que abordou no seu livro “Habitantes da Memória”. Nunca quis publicar a sua obra poética, que acabou por ser reunida em livro, devido à insistência de Nelson Saúte, sob o título “Sangue Negro”, editado no ano passado.

Noémia de Sousa deixou Moçambique e veio viver para Portugal em 1951, trabalhando em agências noticiosas como a Reuters e a Lusa.

A direcção do Sindicato dos Jornalistas exprime as mais sentidas condolências à família de Noémia de Sousa.

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