Na morte de José Gabriel Viegas

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) tomou conhecimento com profundo pesar do falecimento do jornalista José Gabriel Viegas, de 68 anos, na madrugada de 13 de Março, no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, vítima de um cancro no pâncreas diagnosticado no início deste ano.

Antes do 25 de Abril, viveu no exílio e destacou-se como jornalista-locutor das emissões em português da rádio pública francesa France Inter, que era, a par da BBC, um órgão de comunicação muito popular nos meios oposicionistas e anticolonialistas em Portugal.

Após a Revolução dos Cravos, regressou ao país, começando por trabalhar na RDP e na RTP, entre 1974 e 1975, integrando depois as redacções da agência de notícias Anop e dos já extintos “Diário de Lisboa”, “A Luta” e “O Século”.

Mais recentemente, foi colaborador de publicações como a revista “Sábado” e o semanário “Expresso”, para o qual escreveu críticas literárias de obras de história contemporânea mundial, sendo considerado um especialista em política internacional, sobretudo na zona dos Balcãs.

À parte do jornalismo, fez parte do gabinete de António Reis, secretário de Estado da Cultura do II Governo Constitucional (1978), e integrou o júri do Prémio de Crónica João Carreira Bom – de quem era amigo e colaborador próximo – enquanto representante da Vodafone, em cujo departamento de comunicação institucional trabalhava.

O corpo de José Gabriel Viegas encontra-se no Palácio Maçónico, no Bairro Alto, de onde partirá este domingo, às 15 horas, para o cemitério de Oeiras.

A Direcção do SJ apresenta as mais sentidas condolências aos familiares e amigos do camarada de profissão agora desaparecido.

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