Na morte de Acácio Barradas

A Direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) lamentou hoje, 26 de Outubro, a morte do seu antigo dirigente Acácio Barradas, ex-Presidente da Mesa da Assembleia Geral e ex-vice-presidente da Direcção do SJ, jornalista-sindicalista-e-cidadão de corpo inteiro e um camarada indispensável.

Em comunicado, a Direcção do SJ sublinha que Acácio Barradas – um “profissional culto e rigoroso, cidadão comprometido e inflexível, camarada generoso e disponível, homem íntegro e leal, sindicalista de convicção e de combates, intelectual atento à roda do Mundo e do Tempo, polemista militante, companheiro solidário e solícito” – foi “uma das mais felizes sínteses da generosidade, da franqueza e da entrega sem limites às pequenas coisas das pessoas que o rodeavam aos grandes desafios da sua profissão e do seu tempo”.

É o seguinte o teor do comunicado da Direcção:

A perda de um camarada indispensável

Nota da Direcção do SJ sobre a morte de Acácio Barradas

1. A Direcção do Sindicato dos Jornalistas recebeu com grande consternação a notícia da morte do jornalista Acácio Barradas, ex-Presidente da Mesa da Assembleia Geral e ex-vice-presidente da Direcção do SJ, jornalista-sindicalista-e-cidadão de corpo inteiro e um camarada indispensável.

2. Profissional culto e rigoroso, cidadão comprometido e inflexível, camarada generoso e disponível, homem íntegro e leal, sindicalista de convicção e de combates, intelectual atento à roda do Mundo e do Tempo, polemista militante, companheiro solidário e solícito, Acácio Barradas foi uma das mais felizes sínteses da generosidade, da franqueza e da entrega sem limites às pequenas coisas das pessoas que o rodeavam aos grandes desafios da sua profissão e do seu tempo.

3. Mesmo muito antes de vir a aceitar tarefas sindicais de maior responsabilidade – primeiro como vice-presidente da Direcção (1998-2001), depois como presidente substituto da Mesa da Assembleia Geral (2002-2003) e finalmente como presidente efectivo deste órgão (2005-2006), Acácio Barradas desempenhou um importante papel na história do SJ e do sindicalismo português, tendo representado a classe no Congresso de Todos os Sindicatos realizado em 1976 pela CGT. Durante 23 anos, foi presidente do Conselho Fiscal do Clube de Jornalistas e era vice-presidente do actual Conselho de Administração da Casa da Imprensa.

4. Na Direcção do Sindicato, Acácio Barradas trabalhou activamente nas tarefas que lhe foram atribuídas, exerceu com brio exemplar as suas competências estatutárias e foi uma voz respeitável e respeitada na reflexão interna e na definição das posições e apreciações do Sindicato sobre as mais diversas matérias.

5. Reformado da profissão em 2001, Acácio Barradas ofereceu generosamente uma importante parte do seu tempo a tarefas sindicais que reclamavam a dedicação que só pessoas como ele poderiam entregar, entre as quais se destaca a concepção e construção do sítio do SJ na Internet.

6. Uma vez liberto das suas tarefas profissionais e sindicais, Acácio Barradas lançou-se a novos caminhos para concretizar outras tarefas de cidadania que o seu percurso profissional e que a sua militância cívica impunham como deveres indeclináveis, como a recuperação da memória sobre acontecimentos e personalidades que se cruzaram no seu percurso ou povoaram as suas experiências e os seus sonhos. É justo fazer referência à obra “Agostinho Neto: uma vida sem tréguas – 1922-1979”, da qual foi editor e co-autor.

7. Rendida à inevitabilidade das leis da vida e à inexorabilidade da morte, a Direcção do Sindicato dos Jornalistas lamenta profundamente uma perda que não pode ser reparada. Mas crê que o exemplo de homem, cidadão, jornalista e activista há-de permanecer nos corações daqueles que o conheceram e tiveram o privilégio de com ele trabalhar ou privar, assim como espera que aqueles que não tiveram essa sorte acreditem que existiu um homem solidário e generoso de uma estirpe rara.

8. Nesta homenagem, o Sindicato envolve de forma muito especial os filhos, familiares e os amigos do Acácio.

Lisboa, 26 de Outubro de 2008

A Direcção

Funeral a 1 de Novembro

Devido ao facto de alguns familiares se encontrarem no estrangeiro, o funeral de Acácio Barradas só terá lugar no sábado, 1 de Novembro. O corpo estará em câmara ardente no dia 31 de Outubro, na capela da igreja Stª Joana a Princesa, em Lisboa, a partir das 12 horas, onde será rezada missa às 10 horas do dia seguinte. O corpo será depois cremado no Forno Crematório da Servilusa, em Rio de Mouro, nos arredores de Lisboa.

Partilhe