O Sindicato dos Jornalistas lamenta a morte de Mário Mesquita, jornalista e docente que contribuiu para a formação de várias gerações de jornalistas.
Atualmente, era professor na Escola Superior de Comunicação Social e vice-presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Mário Mesquita nasceu em Ponta Delgada, em 1950, mas foi em Lisboa que se dedicou ao jornalismo, colaborando no jornal oposicionista “República”. Entre 1976 e 1986, foi diretor-adjunto e depois diretor do DN. Dirigiu ainda o Diário de Lisboa e foi colunista no Público e no Jornal de Notícias. Foi representante dos diretores no Conselho de Imprensa, tendo sido eleito vice-presidente no mandato de 1983/85.
Integrou também o Conselho Consultivo de Comunicação Social, que sucedeu ao Conselho de Imprensa, em 1986/87.
Mário Mesquita foi o fundador do curso superior de jornalismo da Universidade de Coimbra. Como docente de Comunicação Social, deu aulas na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, e na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, tendo formado várias gerações de jornalistas.
No seu percurso destaca-se ainda a ligação à oposição à ditadura, apoiando a Comissão Democrática Eleitoral de Ponta Delgada em 1969 e 1973. Foi fundador do PS, em 1973, deputado à Assembleia Constituinte em 1975/76 e à Assembleia da República entre 1976 e 78, partido do qual depois se afastou.
O Sindicato dos Jornalistas manifesta o seu pesar e apresenta condolências à família.