Na zona costeira do noroeste da Inglaterra, jornalistas que trabalham para a imprensa escrita entraram em greve como forma de protesto contra os baixos salários que, na sua opinião, desprestigiam a profissão no Reino Unido.

O Sindicato dos Jornalistas da Grã-Bretanha e Irlanda (NUJ) levou a cabo uma primeira jornada de luta, a 11 de Junho, nos jornais “Blackpool Evening Gazette”, “Fleetwood Weekly News” e “Lytham St Anne’s Express”, exigindo uma nova tabela salarial, já que os jornalistas seniores dos semanários estão a receber 1725 euros por mês – cerca de 24 145 euros por ano – quando o salário médio nacional ronda os 2800 euros mensais.

Os membros do NUJ protestam igualmente pelo facto de um jornalista sénior nos diários receber apenas 26 550 euros anuais quando, em 2002, só o “Blackpool Evening Gazette” obteve um lucro de 4,375 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 28 por cento face a 2001 e dá uma média de 22 600 euros de lucro por empregado.

As Federações Europeia e Internacional de Jornalistas (FEJ e FIJ) manifestaram o seu apoio à luta conduzida pelo NUJ, tendo a FEJ assinalado que as entidades empregadoras fazem um lucro considerável à custa do trabalho dos jornalistas, razão pela qual os trabalhadores têm razão em reivindicar os aumentos salariais.

A luta dos jornalistas britânicos prossegue com um novo dia de paralisação a 22 de Junho.