Jornalistas impedidos de cobrir acção eleitoral

Um grupo de 11 jornalistas dos Açores enviou ao SJ, com pedido de divulgação, um comunicado onde é contestada a atitude do comandante da Zona Aérea dos Açores, que impediu a cobertura jornalística de uma reunião que manteve com candidatos da CDU-Açores.

Os jornalistas que acompanharam as acções de campanha da CDU-Açores, dia 6 de Março 2002, e os restantes subscritores, a título de solidariedade, não podem deixar de manifestar o seu protesto por o comandante da Zona Aérea dos Açores (ZAA) ter impedido, sem qualquer justificação, a cobertura da reunião que manteve, dentro da Base das Lajes, com o líder regional do PCP, José Decq Mota, e outros candidatos comunistas à Assembleia da República.

A atitude do comandante quebra a tradição de bem receber e boa relação com a comunicação social e os jornalistas em particular, cultivada por todos os anteriores comandantes da ZAA e da Base Aérea 4 e lesa a opinião pública no seu direito de ser esclarecida, o que assume particular gravidade face ao período de campanha eleitoral que atravessamos e no qual se inseriu a reunião que os jornalistas foram impedidos de cobrir.

Deste protesto vamos dar conhecimento aos comandantes da ZAA e da BA4, aos responsáveis máximos da Zona Militar dos Açores, Força Aérea Portuguesa e Estado Maior das Forças Armadas, aos ministros da Defesa, dos Negócios Estrangeiros e da República para os Açores, ao presidente do Governo Regional dos Açores, à Comissão Nacional de Eleições, ao Sindicato dos Jornalistas e às administrações das empresas de comunicação social com sede ou representadas na ilha Terceira.

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