A administração de “O Jogo” deslocou ilegalmente, do Porto para Lisboa, quatro jornalistas que se recusaram a assinar rescisões de contratos. A Direcção do Sindicato dos Jornalistas condena esta medida de coacção e denunciou o caso à Inspecção-Geral do Trabalho
Os jornalistas visados terão de se apresentar na delegação de Lisboa até dia 6 de Janeiro e um deles foi impedido de entrar, no dia 2, na sede do jornal, no Porto.
É o seguinte o texto integral do comunicado da direcção do SJ:
Administração de «O Jogo» desloca jornalistas ilegalmente
1. “A Administração do jornal «O Jogo» impediu hoje a entrada de um jornalista na sede da publicação, no Porto, onde ele sempre trabalhou, pretendendo forçá-lo a apresentar-se na delegação de Lisboa. Outros três profissionais sediados na mesma Redacção estão igualmente compelidos a apresentar-se em Lisboa, no próximo dia 6.
2. “A medida ilegítima de coacção foi adoptada pela Administração da Empresa, à revelia das normas legais e convencionais em vigor, como resposta à resistência dos quatro jornalistas à proposta de rescisão pretensamente de mútuo acordo que lhes fora apresentada.
3. “Ao direito dos trabalhadores em não aceitarem uma rescisão, a Empresa responde com esta arbitrariedade.
4. “O Sindicato dos Jornalistas, que participou o facto à Inspecção Geral do Trabalho, estranha, por outro lado, a medida adoptada, uma vez que a Empresa procedeu, no último mês, à dispensa de vários jornalistas da delegação de Lisboa, alegando a necessidade de reduzir o seu quadro.
5. “O SJ continuará a acompanhar e a apoiar os jornalistas de «O Jogo» vítimas da prepotência da empresa e apela ao Ministério do Trabalho para que faça repor o respeito pelas regras legais e convencionais e faça prevalecer o escrupuloso respeito pelo direito à livre negociação.”