Jornalista questionada e motorista raptado na Chechénia

O interrogatório a Rebecca Santana, correspondente da Cox Newspapers em Moscovo, e o rapto de Ruslan Soltakhanov, seu motorista e contacto, após uma reportagem na Chechénia, foram fortemente condenados pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ).

Na sequência de um trabalho realizado entre 8 e 11 de Fevereiro sobre refugiados e o desaparecimento de civis e com perfis de estudantes, Rebecca Santana foi interrogada a 12 de Fevereiro no aeroporto de Mineralnye Vody, cidade a 200 quilómetros de Grozny, quando se preparava para regressar a Moscovo.

As autoridades, que segundo a polícia local eram membros do Serviço Federal de Segurança, confiscaram-lhe os blocos de notas, o telemóvel, a câmara, o filme por revelar e o PDA, material que lhe foi devolvido no dia seguinte em Moscovo, com o filme já revelado.

Segundo a jornalista, no dia em que ela foi abordada quatro ou cinco homens não identificados e vestidos à civil raptaram Ruslan Soltakhanov da sua casa em Mozdok, na Ossétia do Norte.

De acordo com a imprensa local, os mesmos homens regressaram horas depois à habitação, fizeram uma busca, confiscaram alguns documentos e mostraram à esposa do motorista russo duas granadas de mão que diziam ter encontrado na casa, embora a mulher garanta que estas não se encontravam ali antes da busca.

Desde a detenção nada se sabe sobre Ruslan Soltakhanov, e as interpelações da Cox Newspapers às autoridades russas obtiveram como único resultado a informação de que o rapto estava a ser investigado.

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