Os serviços secretos franceses revistaram, a 6 de Setembro, a casa do repórter Guillaume Dasquié, em busca de dados que permitissem identificar as fontes de um artigo publicado a 17 de Abril no Le Monde, onde se afirmava que a inteligência gaulesa soube
O jornalista, interrogado durante algumas horas acerca do artigo do Le Monde e sobre as fontes de documentos relativos ao assassinato em 1995 do magistrado francês Bernard Borrel, no Djibuti , recusou nomear quem lhe passou a informação. É agora acusado de comprometer a segurança nacional, incorrendo numa pena máxima de cinco anos de prisão e uma multa de 75 mil euros.
O caso suscitou protestos da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), tendo esta última instado as autoridades francesas a aprovar com urgência uma lei de protecção das fontes que está prometida há vários anos.
A organização sindical lembrou também que a França já foi várias vezes condenada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos por casos similares a estes, em que tentou descobrir fontes jornalísticas usando da força.