Jornalista assassinada na Índia

Federação Internacional de Jornalistas condena brutal assassínio de Gauri Lankesh e exige medidas urgentes do governo indiano, além de uma investigação rigorosa que resulte na prisão dos criminosos.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) condena “o brutal assassínio” da jornalista Gauri Lankesh que aconteceu ontem, à porta de sua casa, em Rajarajeshwarinagar, na parte norte de Bengaluru, estado de Karnataka. A FIJ exige medidas urgentes do governo da Índia, bem como uma investigação rigorosa que resulte na prisão dos criminosos.

“Trata-se de um deplorável ato destinado a silenciar uma voz crítica, corajosa e que não se deixava intimidar. Já havia ações nos tribunais que apontavam para a possibilidade de um desfecho horrível e brutal como este. Esta situação tem de ser condenada nas mais altas instâncias e é imprescindível que as autoridades do estado de Karnataka dêem um sinal forte para acabar com esta tendência mortal. Os casos de assassínios na Índia nos anos mais recente colocam questões muito sérias e urgentes quanto à real capacidade do governo para defender, garantir a promover a importância da liberdade de imprensa”, destacou Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ.

Lankesh, de 55 anos, era uma voz crítica dos nacionalistas Hindu e regressava a casa quando foi assassinada por três indivíduos desconhecidos que, deslocando-se de moto, dispararam sobre a jornalista, atingindo-a na cabeça e no peito. As autoridades suspeitam que Lankesh estaria a ser seguida e o responsável político local apressou-se a condenar o ato de violência, considerando-o “um assassínio da democracia”.

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