A guerra ao terrorismo está a tornar-se uma catástrofe para as liberdades civis e para a liberdade de imprensa, alertou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), comentando as recentes notícias de que os serviços de segurança norte-americanos e alemães conduziram espionagens sistemáticas a jornalistas.
A FIJ destacou que “a realidade do jornalismo moderno é a da vigilância ilegal, a interferência directa dos serviços de inteligência no trabalho dos média e uma pressão governamental sem precedentes sobre o jornalismo independente”, o que “coloca a democracia em risco”.
Para a organização, os casos revelados nos EUA e na Alemanha são apenas “a ponta do icebergue”, dado que existem informações de que também o “New York Times” e o “Washington Post” estão a ser alvo de uma investigação alargada da CIA.
Embora aprecie as notícias de que o governo alemão quer acabar com a espionagem de jornalistas, a FIJ considera que os casos vindos a público só revelam que a capacidade dos jornalistas protegerem as suas fontes de informação tem vindo a ser comprometida, pelo que é urgente inverter essa tendência mundial e proteger as liberdades civis.