A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) consideram que a proibição da estação televisiva Al Manar por parte das autoridades francesas foi “precipitada” e “desproporcionada”.
“A censura só aumenta a intolerância e cria mais ressentimento e incompreensão”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, acrescentado que “se uma estação fosse censurada de cada vez que alguém a usa para fazer comentários ofensivos ou inaceitáveis, haveria muito pouca televisão no mundo”.
Por seu lado, a RSF chama a atenção para a elevada rapidez com que a situação foi tratada e defende “medidas menos radicais”, uma vez que “proibir um meio de comunicação nunca é uma boa solução”.
Também a FIJ afirma que se deveria ter procurado uma solução profissional para os problemas de conteúdo anti-semita na estação do Hezbollah, que se concentrasse nas responsabilidades éticas da televisão, em vez de a censurar quando esta estava a emitir para França há menos de um mês.
A direcção da Al Manar, por seu turno, diz estar a estudar atentamente o conteúdo da decisão das autoridades francesas antes de reagir oficialmente.