FIJ critica Israel por uso de leis militares para controlo de jornalistas palestinianos

Oito empresas de media na Cisjordânia foram sujeitas a operações de busca esta semana e terão de fechar nos próximos seis meses. Dois jornalistas foram detidos.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) criticou as autoridades israelitas por utilizarem “leis militares para o controlo de jornalistas palestinianos”. Segundo relata a entidade, “pelo menos oito empresas de media na Cisjordânia foram sujeitas a operações de busca na terça-feira e vão ter de fechar nos próximos seis meses”, tendo dois jornalistas sido detidos.

“O governo israelita deve deixar de utilizar o seu arsenal leis destinadas à ocupação militar no estrangulamento dos media da Palestina. A sua campanha de pilhagens e de encerramento de media com detenções sob ausência de provas deve terminar de imediato”, defendeu Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ.

A FIJ exigiu ainda a Israel que “honrasse o respeito pela liberdade de expressão na região” e que colocasse em liberdade os profissionais de comunicação detidos. Do lado dos israelitas, as iniciativas foram justificadas com o facto de os organismos em causa terem “incitado ao ódio contra Israel”.

As instalações de cadeias de televisão como a Al-Quds, Al-Aqsa e Palestine Ayoum, tal como as de produtoras como a Pal Media, Trans Media e Ram Sats’, serviram como cenários de buscas das forças militares israelitas nas cidades de Ramallah, Nablus, Hebron e Belém. Nessas operações foram recolhidos equipamentos e apreendida diversa documentação das empresas em causa.

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