FIJ apoia Carta de Princípios contra corrupção nos média

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) subscreveu a Carta para a Transparência dos Média, elaborada pelo International Public Relations Association, cujo objectivo é pôr cobro às práticas de suborno no jornalismo.

A FIJ é uma das seis organizações que apoiam uma carta de princípios para garantir mais transparência nas relações entre o público e os média, e para acabar com o suborno dos média a nível mundial, informa um comunicado da organização datado de 27 de Julho.

“O problema do ‘jornalismo à venda’ ou do pagamento de material apresentado como informação legítima é um dos grandes desafios que os média enfrentam hoje”, afirma Aidan White, secretário-geral da FIJ, sublinhando que tais práticas corroem a confiança do público, destroem o profissionalismo e escarnecem dos valores éticos”.

Na sequência de uma decisão tomada no Congresso de Atenas, em Maio passado, a FIJ, juntamente com o International Press Institute, Transparency International, Global Alliance for Public Relations and Communications Management, Institute for Public Relations Research and Education, e o International Public Relations Association, subscreve a Carta para a Transparência dos Média, elaborada pelo International Public Relations Association, cujos princípios são:

1 – Os novos materiais devem surgir em resultado de novas apreciações do jornalista e do editor, e não fruto de qualquer pagamento em dinheiro ou presente, ou qualquer outra retribuição.

2 – O material envolvendo pagamento deve ser claramente identificado como publicidade, patrocínio ou promoção.

3 – Nenhum jornalista ou representante dos média deve sugerir em qualquer circunstância que a cobertura jornalística pode ser feita por outros motivos que não o seu mérito.

4 – Quando forem necessários amostras ou empréstimos de produtos ou serviços para o jornalista dar uma opinião objectiva, o período de empréstimo deve ser previamente acordado e as amostras dos produtos devolvidas de seguida.

5 – Os média devem instituir regras escritas relativas à aceitação de presentes ou descontos em produtos ou serviços, e os jornalistas devem subscrever essas regras.

“Esta iniciativa é muito bem vinda”, considera White, sublinhando que se trata de uma “luz nas muitas vezes sombrias relações entre o mundo dos negócios e o jornalismo” que contribui para a “necessária qualidade dos média”.

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