Faleceu Carl Mydans, um pioneiro do fotojornalismo

Carl Mydans, um dos fotógrafos que contribuiu decisivamente para a definição do fotojornalismo como área específica da fotografia, faleceu no dia 16, aos 97 anos, vítima de ataque cardíaco, na sua casa em Larchmont, perto de Nova Iorque.

Carl Mydans foi um dos pioneiros do fotojornalismo na revista “Life”, onde ingressou em 1936 com outros profissionais de renome, como Alfred Eisenstaedt, Margaret Bourke-White e Thomas McAvoy, com os quais formou uma equipa que viria a transformar a própria fotografia.

O reconhecimento do talento de Carl Mydans deu-se nos anos 30, com os seus retratos a preto e branco de famílias rurais do Arkansas, vítimas da extrema pobreza durante depressão que abalou os Estados Unidos. Posteriormente, viajou por todo o mundo testemunhando e fotografando os acontecimentos mais marcantes do século passado. Algumas das imagens que captou tornaram-se símbolos do século XX, como a das mulheres francesas de cabeça rapada como castigo pela sua colaboração com os nazis, ou a rendição japonesa a bordo do navio de guerra Missouri em 1945. Mydans e a sua mulher, também jornalista, Shelley Smith Mydans, que faleceu há dois anos, foram presos pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido repatriados ao fim de dois anos.

Carl Mydans notabilizou-se também pela forma como utilizava a palavra escrita, tendo feito carreira como escritor. Uma das suas obras mais representativas é o livro de fotojornalismo, publicado em 1959, “More Than Meets the Eye” (Mais do que o Olho Pode Ver).

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