O Sindicato dos Jornalistas expressa solidariedade e elogia a coragem dos diretores que se demitiram de funções na TSF, no “Jornal de Notícias”, “O Jogo” e “Dinheiro Vivo”. Em dois dias, foram 12 demissões em quatro dos títulos do Global Media Group (GMG).
Às renúncias de três elementos da direção da TSF, na quarta-feira, seguiram-se cinco demissões, na quinta-feira, no “Jornal de Notícias”, duas no jornal desportivo “O Jogo”, a do diretor do “Dinheiro Vivo” e a do diretor de Digital do GMG, também adjunto no JN. Desde que entrou em funções, em setembro, a administração nomeada pelo World Opportunity Fund (WOF) criou um clima tal de instabilidade e incerteza que até a direção que escolheu nomear para a rádio do grupo, contrariando o parecer do Conselho de Redação (CR), se demitiu.
As 12 demissões, em dois dias, são uma demonstração inequívoca de que o plano de reestruturação do GMG, que contempla a dispensa de 200 trabalhadores, torna inviável fazer jornalismo de qualidade em qualquer um dos títulos. O SJ enaltece a coragem dos diretores que bateram com a porta de forma a expressar, de modo público e notório, a oposição à intenção da administração de mutilar as redações da TSF, do JN, do DV e de “O Jogo”.
Preocupado com a situação no GMG, o SJ lamenta que o plano que nos foi apresentado a 26 de outubro, de crescimento, investimento e de aposta no jornalismo, se tenha transformado, em mês e meio, num anúncio de reestruturação que contempla rescisões e despedimentos; ou seja, num projeto que só pode levar ao definhamento do jornalismo no grupo.