Dia Mundial da Rádio – A rádio que se reinventa

Já temos quase um ano de experiência e vivência a par com esta pandemia e se há certezas que saem reforçadas, uma delas é a de que um Jornalismo sério, rigoroso e independente é essencial numa democracia. Diz-nos o Digital News Report do Instituto Reuters que Portugal é, a par com a Finlândia, dos países onde mais se confia em notícias, entre 40 nações. Só podemos ficar orgulhosos, apesar dos tempos sombrios que vivemos e que aumentam as nossas preocupações em relação às condições e aos postos de trabalho no setor dos media.

Mas neste dia queremos falar da rádio, não só da rádio que informa, mas também da que aproxima, que relaciona, que integra e inclui. Que salva, até.

Em plena pandemia, duas rádios ouvidas em cinco dos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, apostaram no teatro radiofónico, contornando a impossibilidade de o público ir às salas de espetáculo. O mesmo teatro radiofónico que, em Moçambique, regressou às ondas hertzianas e se assumiu como tábua de salvação de vários atores sem trabalho.

Na Madeira a Câmara do Funchal decidiu apostar nas radionovelas, num regresso de conteúdos radiofónicos cujas raízes remontam a 1940.

E no Brasil, outro exemplo, reavivou-se a rádio escola, em vários estados e territórios recônditos, para atingir o maior número de pessoas possível e permitir que a aprendizagem não sofresse quebras.

No Reino Unido, mesmo em tempos de Brexit, foi criada uma rádio de língua portuguesa que se assume essencial na difusão à comunidade lusa de informação sobre o combate à crise pandémica.

São exemplos da rádio que se transforma e inova. É a rádio que se reinventa. Que renasce. Que continua a ser o meio mais democrático e acessível a todas as pessoas.

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