Cinco jornalistas impedidos de entrar em Macau

FIJ critica o governo local por não permitir que os profissionais de Hong Kong fizessem o seu trabalho a propósito da destruição causada pelo tufão Hato.

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) criticou o governo de Macau e exigiu uma investigação rigorosa para apurar responsabilidades e obter explicações no caso em que cinco jornalistas, vindos de Hong Kong, foram impedidos de entrar no território quando procuravam fazer notícias sobre os estragos causados pela passagem do tufão Hato.

Quatro repórteres da escrita e um fotojornalista do Apple Daily, HK01 e South China Morning Post foram, no passado sábado, impedidos de entrar em Macau, tendo os funcionários dos serviços de imigração alegado que “poderiam significar uma ameaça à segurança interna”.

Representantes dos três órgãos de comunicação visados e também diversas associações de jornalismo, entre as quais a Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM), criticaram, de imediato, a decisão das autoridades, enfatizando que os jornalistas procuravam apenas realizar o seu trabalho. Ontem, Ma Lo-Kun, responsável pela polícia local, defendeu que a tomada de posição estava “de acordo com a lei” e Wong Sio-Chak, outro elemento ligado à segurança, acrescentou que outras regiões agiram dessa forma e que Macau “não é exceção”.

Por outro lado, a FIJ cita um experiente fotojornalista local que se queixa de “tratamento injusto deste género há vários anos”, lamentando não conhecer os motivos e admitindo-se frustrado perante este cenário.

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