Carta aberta à administração do GMG: trabalhadores a recibo verde ainda não receberam

Uma vez que a nova administração do GMG não tem respondido às missivas do Sindicato dos Jornalistas, a Direção entendeu publicar uma carta aberta a alertar a empresa para a gravidade do atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores a recibos verdes, que ao dia 14 de Dezembro continuam sem salário ou uma explicação para o atraso.

CARTA ABERTA:

Exms Srs, no dia 5 de dezembro, em face do atraso no pagamento dos salários aos trabalhadores, o Sindicato dos Jornalistas alertou a administração do GMG para o prazo de pagamento do Subsídio de Natal, que não cumpriram. Questionamos, também, se havia uma estimativa de quando iriam pagar aos denominados “trabalhadores a recibos verdes”.

Chegados a dia 14 de dezembro, somos informados de que estes trabalhadores precários ainda não receberam as retribuições respeitantes ao mês de outubro nem obtiveram qualquer esclarecimento sobre quando poderão vir a receber. Assim, a direção do SJ volta a perguntar: quando pretendem pagar os salários aos recibos verdes? E acrescenta: porquê este atraso?

Infelizmente, o GMG desrespeita, há anos, de forma continuada, os prazos de pagamento aos  denominados “trabalhadores a recibos verdes”, que, este ano, nunca receberam antes do dia 10 do mês seguinte, ou seja, na prática recebem a mais de 50 dias . Não deixa de ser uma curiosa coincidência que o mês que se regista o atraso mais gravoso seja aquele em que os trabalhadores precários estão a receber um “contrato de prestação de serviços” que o SJ considera desumano e contrário às mais elementares boas práticas e orientações internacionais, europeias e nacionais, revelando uma prática em contraciclo por parte do GMG que é reveladora da ausência de estratégia e acentua o desnorte das medidas mais recentes. A análise desse documento, por parte dos denominados “trabalhadores a recibos verdes”, não se coaduna com o tempo que os trabalhadores precisam para, de cabeça calma e contas pagas, perceber o que lhes é proposto.

Em face do reiterado desrespeito evidenciado pela empresa face aos trabalhadores, o SJ espera que não haja qualquer relação entre o atraso no pagamento dos salários e as reservas, naturais, dos trabalhadores precários em assinarem um contrato leonino, através do qual a empresa se pretende furtar a toda e qualquer responsabilidade, reclama um conjunto direitos incomportáveis e atira para cima dos alegados “prestadores de serviço” todos os deveres. O SJ exige uma garantia da administração no sentido de deixar os “trabalhadores a recibos verdes” ponderarem e serem esclarecidos sobre a proposta apresentada e reclama o pagamento imediato das retribuições destas pessoas.

A Direção do Sindicato dos Jornalistas

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