Figuras públicas da cultura, da política e da economia encabeçam o abaixo-assinado “Em defesa do ‘Diário do Alentejo’ como jornal público e democrático”, que visa contestar um projecto de lei do Governo que propõe retirar às autarquias e governos regionais a possibilidade de deterem órgãos de comunicação social.
Os primeiros a subscrever o documento foram os escritores Urbano Tavares Rodrigues e Mário de Carvalho, a que se seguiram figuras como os autarcas João Rocha, Carlos Góis, Abílio Fernandes, Lopes Guerreiro e Francisco do Ó Pacheco, o empresário Luís Serrano, o arqueólogo Cláudio Torres, o professor universitário Santiago Macias, o médico João Covas Lima ou o publicista João Honrado.
Segue abaixo o texto do abaixo-assinado:
O “Diário do Alentejo”, fundado em Beja em 1932 e há mais de um quarto de século propriedade dos municípios do Baixo Alentejo e Litoral Alentejano – que de forma pioneira adquiriram e garantiram a continuidade do título – é um património histórico e cultural da região, uma prestigiada “marca” dos alentejanos.
O Governo, agora, com base numa interpretação tardia e subjectiva da Constituição da República, pretende fazer aprovar um projecto de lei que forçaria a privatização do jornal, o que nas actuais condições demográficas e económicas do Alentejo colocaria em sério risco o “Diário do Alentejo” enquanto publicação regionalista independente que reconhecidamente pratica um jornalismo de qualidade.
Nós, abaixo assinados, rejeitamos esta iniciativa que vai contra os interesses do “Diário do Alentejo” e seus trabalhadores, dos municípios do Baixo Alentejo e Litoral Alentejano e das populações de uma região já muito discriminada.
Defendemos, por isso, a continuação de um “Diário do Alentejo” público e democrático, ao serviço da região, dos alentejanos e do País.
Para subscrever o abaixo-assinado, envie um e-mail para publico.democratico@diariodoalentejo.pt