AACS elogia papel dos jornalistas na Guerra do Iraque

A denúncia da tentativa de manipulação por alguns poderes político-militares da infomação sobre Guerra no Iraque e o elogio do modo como os jornalistas se têm comportado, particularmente os portugueses, constam de uma deliberação da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS).

A AACS “lamenta sentidamente a morte de vários jornalistas tombados no exercício e por causa da sua profissão” e salienta como os profissionasi portugueses, “de forma exemplar e sem exageros escusados de palavra ou de imagem, souberam dar uma lição de jornalismo de guerra”.

É o seguinte o texto integral da deliberação da Alta Autoridade para a Comunicação Social, aprovada em reunião plenária de 16 de Abril de 2003:

DELIBERAÇÃO SOBRE O EXERCÍCIO DO JORNALISMO NO CENÁRIO DA GUERRA NO IRAQUE E A LIBERDADE DE IMPRENSA

“Tendo presente os recentes acontecimentos relacionados com a guerra levada a cabo contra o Iraque, no que se refere ao exercício do jornalismo em teatro de guerra;

“Considerando a forma como se tem pretendido condicionar a actividade dos jornalistas que se limitaram a descrever e relatar a realidade dos factos, tal como a percepcionaram;

“Atendendo à especial protecção que os jornalistas devem ter durante os conflitos armados, em especial a obrigação de não os transformar em alvos de guerra,

“A Alta Autoridade para a Comunicação Social

1. “Denuncia o modo como o poder político/militar e económico de alguns beligerantes têm vindo a intervir com o objectivo da manipulação da comunicação social e da tentativa de influenciar, directa ou indirectamente, o sentido da informação e de criar obstáculos ao exercício do jornalismo.

2. “Lamenta sentidamente a morte de vários jornalistas tombados no exercício e por causa da sua profissão.

3. “Louva a isenção, a dedicação e a coragem da generalidade dos jornalistas no exercício da sua profissão no teatro de guerra.

4. “Elogia, em especial jornalistas e demais profissionais da comunicação social portugueses que, com abnegação, espírito de missão e elevado rigor informativo, com risco da sua saúde e perigo de vida, de forma exemplar e sem exageros escusados de palavra ou de imagem, souberam dar uma lição de jornalismo de guerra, durante o conflito no Iraque, apesar dos entraves, das dificuldades e até das condições físicas e intimidações a que foram sujeitos”.

Partilhe